Antes, os professores eram uma figura autoritária, falante e, considerados os donos do saber, passavam o que sabiam aos alunos sem manter uma relação de troca de experiência, de informações, já que isso cabia somente ao professor. A educação escolar mudou e com ela o papel do professor também mudou.
Hoje o papel do professor é outro perante a escola e os alunos; pois ele não é só responsável pelo conteúdo a ser dado de forma eficiente, mas pela aprendizagem do aluno, pela transformação do mesmo em um ser independente, com autonomia, crítico, mediando toda forma de conhecimento. Essa postura é extremamente valiosa para auxiliar na aprendizagem, pois o professor deve agir como “gerenciador” do saber, auxiliando, estimulando, proporcionando melhor desempenho dos alunos nos afazeres tornando todo o processo que engloba a aprendizagem em uma construção rica em conhecimentos e nas habilidades que são desenvolvidas.
Nas palavras de Zanotto (2000. p. 15), “[…] Educar não é somente instruir! Instruir é tão somente condicionar o comportamento do educando a um padrão pré-estabelecido […]”.
O aluno não vai aprender apenas fazendo, pois ele precisa ser questionado, entender o porquê fazer o trabalho, para que fazer, qual é o objetivo sendo, portanto, necessário ter um fundamento. Ainda para Zanotto (2000, p. 94), “O aluno não aprende simplesmente ao fazer”. É importante que o aluno questione, opine, crie, se sinta disposto a aprender , dando mais sentido através das muitas possibilidades que o professor disponibiliza, atribuindo um papel ativo ao aluno quanto à aprendizagem, quanto a educação que ele precisa receber na escola, que é a educação formal, também a educação que o prepare para a vida.
É importante que o professor se preocupe com a relação escola e meio, com a aprendizagem do aluno e suas necessidades, pois a escola tem uma função social, o que é muito importante, na vida do aluno.
Segundo Zanotto, “A escola é uma instituição contextualizada, isto é, sua realidade, seus valores, sua configuração variam segundo as condições histórico-sociais que a envolvem, a toda uma confluência de fatores que determinam seu perfil, e suas manifestações. O professor com relação à escola é, ao mesmo tempo, determinante e determinado. Assim como seu modo de agir e ser, recebem influências do ambiente. A escola analisada em diferentes momentos históricos, certamente mostrará realidades também diferenciadas. Se o professor refletir sobre si mesmo, sua trajetória profissional, seus valores e crenças, suas práticas pedagógicas, encontrará manifestações não semelhantes, ao longo do tempo. Esse jogo de relações entre a escola e a sociedade precisa ser, cada vez mais, desvendado para que se possa compreender e interferir na prática pedagógica”. (ZANOTTO, 2000).
Portanto é indispensável que o professor valorize o conhecimento que o aluno já possui e o ensine a fazer relação com o novo e possa constituir seu pensamento, sua opinião, de forma crítica, reconhecendo seus avanços através das relações concebidas anteriormente.
Referências:
ZANOTTO, Maria de Lourdes Bara. Formação de professores. São Paulo: Artmed, 2000.